Fui
imensamente abençoada com um pai maravilhoso! Preocupado, atencioso, amigo,
carinhoso e exigente. E o que mais me toca, ao pensar sobre a influência que
meu pai exerceu (e ainda exerce) sobre mim, é o fato de que ele não teve nada
disso.
Tudo que ele buscou ser para mim e minhas duas irmãs foi baseado nos exemplos
que retirou das Sagradas Escrituras e de outros pais que admirava.
Imagino que ser pai de menina não seja tarefa fácil. Ao ponderar sobre o papel
sagrado que a ti foi confiado, leve em consideração ensinar sua filha a:
1. Ser grata: atualmente, o apelo para o consumo é muito forte... Parece
não existir limite para o desejo humano de ter e, atualmente, tudo parece
descartável. A mídia faz roupas, bolsas, sapatos e produtos de beleza
milagrosos exercerem uma influência muito poderosa sobre as jovens. Isso sem
falar dos aparelhos tecnológicos... Um novo (e “indispensável”!) a cada semana.
Bonecas de todos os tamanhos e modelos, pôneis e bichos de pelúcia de todas as
espécies levam as mais novas à loucura... Nesse mundo em que “ter” se confunde
com o “ser”, é importantíssimo ensinar sua filha a ser grata pelo que tem hoje!
Ajude-a a expressar gratidão a sua família, seus professores, seus amigos e,
principalmente, ao Pai Celestial, por todas as dádivas recebidas. Um ótimo
exercício para isso é fazer um “Diário de Bênçãos”, anotando ao final de cada
dia uma lista de motivos pelos quais ser grata a Deus.
2. Ser inteligente: é preciso incentivar as meninas a estudar e a buscar
toda instrução formal que estiver ao alcance. Elas precisam treinar a mente e
as mãos para exercer uma influência
positiva no mundo. Seja como dona de casa, professora, advogada ou neurocirurgiã,
independente do futuro que escolher, não a deixe se contentar em ser menos do
que seu potencial divino.
3. Ser pura: ajude-a a compreender que o corpo que possuem é santo e que
não deverá fazer nada que o profane. Lembro de meu pai sempre dizendo que “nossas
roupas revelam os desejos de nosso coração”, e me explicando que nunca deveria
usar o corpo para chamar atenção – e sim, minha inteligência e simpatia.
A esse respeito, Jeffrey R. Holland aconselhou: “(...) Escolham suas roupas da
mesma maneira que escolheriam suas amigas – em ambos os casos escolham aquelas
que as tornem melhores e que lhes deem confiança para estar na presença de
Deus. As boas amizades nunca nos constrangem, diminuem ou exploram. O mesmo se
aplica às roupas.”
4. Ser fiel: ensine-a a ser fiel a suas próprias convicções, a diferenciar
o que é errado do que é certo, a ser honesta consigo mesma e com o próximo e,
principalmente, a assumir as consequências dos próprios erros. Como?
Primeiramente, dando o exemplo e, depois, mostrando que seu amor por ela é
maior que tudo que ela possa vir a fazer. Que, mesmo errando, ela tem a chance
de se arrepender, mudar e começar de novo. É preciso corrigir, educar, mas
sempre demonstrando um amor maior.
5. Ser humilde: vivemos em uma época que exige muito das mulheres – a
sociedade quer nos convencer que temos que ser supermães, superesposas,
superprofissionais, superbonitas, superindependentes... Não é fácil conviver
com tamanha pressão! Ajude-a a reconhecer a mão do Senhor em todas as coisas, a
confiar Nele e buscar Seu auxílio divino. E, principalmente, mostre que você a
ama como ela é agora!
6. Orar sempre: para agradecer ou pedir, ensine-a que, além de seu pai
terreno, existe um Pai Celestial ansioso em ouvir os anseios do coração de sua
filhinha amada. Como disse Gordon B. Hinckley certa vez, “O milagre de tudo
isso é que Ele ouve, Ele atende, Ele responde – nem sempre como gostaríamos,
mas não tenho a menor dúvida de que o faz”.
Lembre-se que, como pai, você tem direito ao auxílio Divino para cumprir sua
sagrada reponsabilidade.
Se buscar sinceramente, o Pai Celestial o ajudará e inspirará com todas as
coisas que tiver que fazer.
Fonte: família.com.br
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